A respeito deste post, publicado ontem - http://pedradeescarpao.blogspot.pt/2017/06/e-isto-que-querem-nao.html recebi algumas críticas, umas bem fundamentadas, outras nem por isso e algumas sem sentido. Vamos lá discutir o assunto:
- O post está mal explicado (mea culpa), pois fica-se com a impressão que se trata de um simples atravessar a rua, e aí temos que dizer que essa zona está, como alguns leitores afirmaram, bem servida de passadeiras com acessos facilitados a pessoas com mobilidade reduzida;
- Mas não. A pessoa em questão veio da zona da escola primária (quando o vi) ou do denominado "bairro dos indíos" e sempre pela estrada, em contramão e sem qualquer sinalização;
- Muitas críticas centravam-se, não no tema - a falta de acessibilidades para pessoas com mobilidade reduzida - mas na pessoa, naquela pessoa. Se fosse outra pessoa já estaria tudo bem? Não devemos confundir as coisas: aquele cidadão tem todo o direito de escolher o modo vida que quer e não nos cabe a nós emitir qualquer crítica sobre isso. Outros que o façam. Mas ninguém perde direitos civis e constitucionais por escolher viver desta ou daquela maneira;
- E aqui a Pedra desafia qualquer dos leitores a tentar, de cadeira de rodas, ir do "bairro dos indíos" ou da escola primária chegar ao Ria Shopping, por cima dos passeios. Depois digam qualquer coisinha, está bem?
- O argumento mais irritante, por vazio, é o de que, ao denunciar estas situações, a Pedra não gosta de Olhão. É o argumento do "America - Love it or leave it", especialmente adorado pelos ditadores do mundo inteiro e muito utilizado para calar opiniões divergentes;
- Pelo contrário, as críticas servem para chamar a atenção dos nossos representantes eleitos, para lhes permitir corrigir situações que, aos nossos olhos, merecem ser mudadas. Ninguém tem a verdade absoluta (felizmente nem a Pedra) e todos temos que chamar a atenção, pressionar os autarcas para estas (e outras) questões. Felizmente estamos a conseguir;
- Por fim, saúdo todos os que comentam, criticam e participam nestas discussões, pois estão a exercer um direito que ninguém lhes pode tirar. Liberdade de expressão é dizer aquilo que os outros não querem ouvir.