Porque hoje é domingo de Verão e a vida não se restringe às eleições, mais, sobretudo passa ao lado das eleições, trazemos algo de desconhecido, ou pelo menos esquecido, para os farenses e os algarvios em geral.
Motivos pessoais levaram-me ao cemitério velho de Faro. Os cemitérios antigos são um museu permanente da história de uma cidade a partir do século 19, da sua estruturação social, de inúmeras histórias que ficaram por contar e que, na maioria das vezes, aguardam a vez de sair do esquecimento.
Quem foram os barões da ponte de Quarteira? |
Fiquei deliciado com este pequeno jazigo, no lado esquerdo (de quem vem da entrada principal) da capela do cemitério.
- Barões da Ponte de Quarteira é um título inesperado, pelo que ressalva desde logo a importância que devia ter a Ponte de Quarteira, hoje praticamente esquecida.
- Ponte do Barão é uma ponte romano-medieval construída sobre a Ribeira de Quarteira, no Algarve. Esta ponte fazia ligação de Ossónoba (Faro) para o ocidental algarvio, onde estava por exemplo a cidade de Silves, sede do califado durante a ocupação islâmica. Esta está localizada perto da villa romana da Retorta. (wikipedia)
- Actualmente encontra-se completamente descaracterizada devido às sucessivas reconstruções que decorreram até aos nossos dias, o que só abona a favor de quem o fez.
- Joaquim Bernardo de Mendonça Corte Real, o 1º barão da ponte de Quarteira, nasceu em Albufeira em 1811 e faleceu em Faro em 1894.
- Existe na toponimia olhanense e farense, entre outras, a rua Diogo Mendonça Corte Real, de quem o barão da Ponte de Quarteira era, provavelmente, descendente.
Alguém, mais conhecedor, pode acrescentar algo mais a esta história? A Pedra agradece.