Uma lágrima no canto do olho
Por norma, não sou muito dado a saudosismos. Saudades só do futuro. Mas ao passar pelo largo do Grémio reconheço não ter ficado insensível ao que vi. Sabia que aquilo ia abaixo, já tive a oportunidade de ver o projeto proposto e fiquei agradado. Mas as memórias de outros carnavais, de uma juventude que se foi à muito mas que teimosamente se mantém no pensamento, de queridos familiares e amigos já desaparecidos e que por cá continuam a ser relembrados, reapareceram de repente.
Também ali, lá pelos anos 74-75, presenciei in loco a invasão de uma sessão de esclarecimento do então só CDS e das bárbaras agressões perpetradas aos participantes, incluido os habituais frequentadores do Grémio que nada tinham a ver com o evento, com a plena demonstração do que eram as "amplas liberdades" prometidas pelos rapazes da extrema-esquerda, alguns dos quais, se pudessem e os deixassem, fariam hoje a exactamente mesma coisa.
Mas isso já é outra história.
Mas isso já é outra história.