Um outro ponto de vista - Ainda a oferta de livros

Lido no Facebook, no grupo Olhão Cidade e Concelho

 

"João Evaristo Se entendi a correção, não foi a autarquia, representante de todos os Olhanenses e representada pelos seus autarcas, por eles eleitos para os representar que ofereceu os livros. Foram apenas os que contribuem, os outros Olhanenses estão excluídos do processo governativo. E, segundo a correção, os alunos (todos) passam a designar-se por "não contribuintes". Uau!"

 

Comentário da Pedra, agradecendo desde já o tom mais ou menos cordial em que o mesmo é efetuado:

1. Não tendo a autarquia dinheiro próprio, nem máquina de fazer dinheiro, todo o dinheiro que arrecada é ... dos contribuintes. O Município só redistribui o dinheiro arrecadado, que, como o nome diz, é dos que contribuem, não do município. Não há, como diria a Tatcher, dinheiro público, todo o dinheiro é dos contribuintes;
2.  "Os outros olhanenses estão excluídos do processo governativo". Ao que parece e com mais de 50% de abstenção nas autárquicas, há muita gente a se excluir do processo, não governativo, mas democrático;
3. Os alunos, que se saiba, não são contribuintes, pelo menos a este nível. Quem recebe o apoio é quem ia ter a despesa, isto é, os pais;
4. Nesta decisão,  há alunos cujos pais têm necessidades e recebem apoio, alunos cujos pais dispensavam o apoio mas que o vão receber, não por terem necessidade mas ... porque sim;
5. Sendo as necessidades muitas e o dinheiro pouco, há que fazer escolhas. Esta foi a do município, que, como tudo na vida, é passível de crítica, nem colocando a Pedra a hipótese de esta generosa decisão ocorrer em ano eleitoral e dentro do período de campanha eleitoral:
6. Um outro ponto de vista e com uma estimativa (por baixo) do valor dos livros em 150€ por aluno:

• Há contribuintes que tendo filhos recebem de volta parte do que contribuem em forma de livros (valor 150€ x nº de filhos);
• E os contribuintes solteiros ou que não têm filhos em idade escolar? Contribuem e não terão direito a receber nada de volta?
• Como proposta, a Pedra faria melhor: todos os contribuintes não abrangidos pela oferta de livros escolares recebia do Município um voucher (ou equivalente) no valor de 150€ que podia ser descontado em serviços prestados pelo Município ou empresas municipais: conta da água, festival marisco, etc.
• Assim ficavam todos contentes, menos as contas municipais, mas nestas coisas, ou há moralidade ou comem todos.