quarta-feira, 29 de novembro de 2017
Do berço até ao túmulo
Já repararam nos pelouros
atribuídos à novel vereadora Elsa Pereira? Solidariedade social, habitação
social, ação social, saúde, transportes urbanos e …cemitérios.
Ficamos logo confusos. Que fazem
ali os cemitérios? Ouvimos alguns especialistas e chegamos a uma teoria que faz
todo o sentido: pela primeira vez no nosso país um eleito consegue
aquilo que nem nos tempos do saudoso Vasco Gonçalves foi possível concretizar: concentrar
numa pessoa, neste caso numa vereadora, o acompanhamento de um cidadão, desde o
nascimento até à morte.
Nascimento? Saúde.
Escola? Ação social.
Mobilidade? Transportes.
Casamento? Habitação.
Tens filhos? Ação social e +
saúde.
Não tens emprego? Solidariedade
social.
Adoeces? + saúde.
Morres? Cemitério.
Parabéns e boa sorte. Bem vai precisar.
terça-feira, 28 de novembro de 2017
(ainda) falando da taxa turística no Algarve
Para se ter uma ideia dos valores envolvidos, tendo como ponto de partida o mapa provisório de dormidas na hotelaria do Algarve referente a 2016 e com a taxa turística a 1 euro.
Albufeira | 8.124.832 € |
Alcoutim | 0 € |
Aljezur | 47.144 € |
C. Marim | 166.128 € |
Faro | 428.475 € |
Lagoa | 1.595.813 € |
Lagos | 1.110.716 € |
Loulé | 2.531.404 € |
Monchique | 43.013 € |
Olhão | 134.426 € |
Portimão | 2.296.096 € |
SB Alportel | 0 € |
Silves | 361.227 € |
Tavira | 647.295 € |
Vila do Bispo | 342.643 € |
VRS António | 1.171.598 € |
6 municípios receberiam 88,6%
das dormidas/taxa turística, com Albufeira a receber, só por si, 8.124.832€.
Os restantes 10 municípios, no seu conjunto, receberiam 2.170.000 euros
Aleixo deu o pontapé de saída, outros irão atrás. Os autarcas sabem tão bem quanto nós que o governo, seja ele qual for, não irá deixar de cobrar as portagens na via do infante, pois se alguns acreditam que as vacas voam, outros, mais terra a terra, vão taxando os que andam com os pés (e rodas) no chão.
A iniciativa de Aleixo mostra, no entanto, uma necessidade: a da regionalização, mas de uma regionalização a sério, que retire algumas competências às autarquias e reforce o poder da região algarvia como um todo.
Os restantes 10 municípios, no seu conjunto, receberiam 2.170.000 euros
Aleixo deu o pontapé de saída, outros irão atrás. Os autarcas sabem tão bem quanto nós que o governo, seja ele qual for, não irá deixar de cobrar as portagens na via do infante, pois se alguns acreditam que as vacas voam, outros, mais terra a terra, vão taxando os que andam com os pés (e rodas) no chão.
Um auto KO, é o que é. |
A iniciativa de Aleixo mostra, no entanto, uma necessidade: a da regionalização, mas de uma regionalização a sério, que retire algumas competências às autarquias e reforce o poder da região algarvia como um todo.
quarta-feira, 22 de novembro de 2017
Taxa turística - E os burros somos nós?
Como nos sentimos na via do infante |
O que dizem as nossas “elites” locais acerca da taxa turística?
Um exemplo:
Pedro Lopes | Administrador do grupo Pestana no Algarve
"Pessoalmente sou
contra a introdução de qualquer tipo de taxa turística. Porquê? A aplicação de
uma taxa deve ter sempre implícito o pagamento da prestação de um serviço
público. Ou seja paga-se uma taxa, por exemplo, por atravessar a Ponte 25 de
Abril. É o princípio do pagador-utilizador. (…). Hoje as empresas turísticas já
pagam um preço por todos os serviços que lhe são prestados: taxa de porta
aberta, taxa de esgoto; taxa de lixo; consumos de água; consumos de eletricidade
e gás, entre outros. (…) A criação de uma taxa nova, na minha opinião, só se
justificaria pela criação de atividades novas que não existem hoje. (…) Para
não estarmos a criar mais um imposto «encapotado»."
Bem, bonito discurso e
de um raciocínio perfeito. Obviamente que, tecnicamente falando, vai ser um “imposto”
encapotado, pois não vão surgir mais atividades novas nem outro tipo de
serviços associados ao pagamento dessa taxa.
Mas, deixe-me
perguntar, qual foi a sua posição e a do grupo Pestana sobre a implementação desse “imposto
encapotado” em Lisboa? Calar e comer, não?
Os lisboetas pensam que somos todos burros, não é? |
Considera o grupo
Pestana que o turismo do Algarve não pode suportar essa “taxa/imposto”. Além da menoridade a que confina o Algarve e os algarvios, que raio de turistas temos nós por cá?
E os portugueses, cuja
sacrossanta constituição prevê, entre inúmeras outras coisas, que são iguais perante a lei (ver art.13º, nº1)? Então um algarvio, alentejano ou beirão quando vai a Lisboa
paga 1 euro ao município por cada noite lá dormida (em troca de nada, não é?)
e os lisboetas podem vir cá dormir as noites que lhes apetecer sem pagar mais
nada? Igualdade uma ova!
Será que, fora de
Lisboa, somos todos pacóvios?
segunda-feira, 20 de novembro de 2017
Ainda os pelouros
Votação pela positiva |
Com
4 vereadores a tempo inteiro foi necessário uma grande imaginação para deixar
satisfeitos todos os vereadores, tal a quantidade de pelouros criados.
Alguns
dos arranjos deixaram-nos dúvidas, outros alguma perplexidade, a saber:
1
- Vereadora Gracinda tem a intervenção médico-veterinária e saúde pública, mas
a vereadora Elsa tem a saúde. Será que, na senda do líder António Costa, há
aspetos em abstrato que ficam para uma vereadora e aspetos em concreto que
ficam para a outra?
Ursos somos nós |
2
– O Vereador Camacho fica com os transportes municipais e trânsito mas a
vereadora Elsa fica com os transportes urbanos. Não sendo bem a nossa
especialidade, parecia mais adequado que, quem ficasse com os transportes
urbanos ficasse a gerir o trânsito, ou até que o planeamento urbanístico, do
vereador Carlos Martins, tivesse essa competência.
Mas quem gere isto? |
Enfim,
podem esclarecer ou está tudo bem assim?
quinta-feira, 16 de novembro de 2017
7 meses de espera
A pergunta tinha sido feita |
Em 31 de Outubro publicamos isto no Facebook da Pedra:
“Leitor
amigo, que solicitou anonimato, escreveu-nos: "A Pedra devia perguntar
porque a Câmara de Olhão leva tanto tempo a aprovar projectos 7 meses, etc
etc".
Já está perguntado, agora falta saber se temos resposta.”
Já está perguntado, agora falta saber se temos resposta.”
Bem, metemos mãos à obra, ouvimos
algumas pessoas direta ou indiretamente ligadas ao setor e podemos responder ao
nosso leitor que:
1.
A maioria dos projetos chega aos serviços da
câmara mal instruídos, sem que os instrutores dos processos assumam os erros, passando
a responsabilidade para os serviços municipais;
2.
Os serviços da autarquia responsáveis pela
análise dos processos tiveram, nestes últimos anos e com maior incidência em
2016, quebras na assiduidade (baixas médicas, natalidade) que chegaram a atingir
quase 1/3 dos efetivos.
3.
Assim, houve um atraso na apreciação de
muitos processos, mas esse tempo de resposta está a diminuir.
sexta-feira, 10 de novembro de 2017
Falta injustificada
A
Secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes, esteve ontem, 9 de novembro, no Algarve (em
Faro, mais propriamente) a fim de avaliar o andamento do projeto Cycling &
Walking Algarve, onde se insere a tão falada ciclovia.
Estiveram
presentes, ao que nos dizem, todas as entidades convidadas, com exceção de duas
autarquias: a de Castro Marim e a de…. Olhão.
Sim,
leram bem. Olhão que, não por acaso, tem por resolver um dos problemas
existentes nessa via, designadamente entre Marim (Parque Campismo/PN Ria Formosa) e Bias.
Apuramos
que o Parque Natural da Ria Formosa se comprometeu a ceder uma faixa que possibilite a
ecovia passar sem problemas de maior, desde que a autarquia de Olhão se encarregue de colocar a vedação do parque uns metros mais para dentro. Com isso
e com a construção de passagens adequadas nos dois regatos logo a seguir ao
PNRia Formosa, um mais problemático que o outro, o assunto fica resolvido.
Walking |
Pronto, agora que já sabem o que se passou na reunião, o vereador responsável por essa área já pode falar com o presidente Pina, colocam a
verba necessária no orçamento para 2018 e, como foi dito na campanha eleitoral,
mãos à obra.
Faltaram à reunião? |
Obs: havia
tanto que fazer que não lhes permitiu participar nessa reunião? O presidente
não podia? Vinha o vereador. Também não podia? Arranjava-se um assessor, um
outro vereador. Não fica bem, rapazes, lá isso não fica
Ainda as laranjas a votos
Pensou, pensou e não avançou |
Pois,
ao que parece o jurista olhanense pensou, tornou a pensar e não vai a
jogo. Faz muito bem. Preserva-se a si, à família e aos negócios.
Então
quem vai ser o candidato? Bem, dizem-nos algumas fontes bem informadas no processo que,
não podendo Santana ir a jogo, vai um dos seus dois fiéis escudeiros, um dos
que descobriu agora que é social democrata desde pequenino e andou enganado
nos sombrios anos de neoliberalismo de Passos Coelho.
Escolhendo o candidato |
Santana
pensa bem: coloca um fiel (não bacalhau) na concelhia e daqui a dois anos candidata-se de
novo, apresentando-se como candidato à câmara em 2021, a fim de ser devidamente sovado (eleitoralmente)
por Pina.
Mas, e se
o fiel escudeiro, seguidor confesso dos ensinamentos cristãos, abre os olhos, toma o gosto de ser presidente da concelhia e decide ser ele o sovado pelo Pina em 2021?
Será Bruno o escolhido para levar o escasso povo PSD em 2021? |
Lembra-te
Santana que “"Não cobiçarás a casa do teu próximo; não cobiçarás a mulher do teu
próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento,
nem coisa alguma do teu próximo" Êxodo 20.17.
Neste caso, Santana, não cobiçaras a presidência
do Bruno. E será bem feito.
quinta-feira, 9 de novembro de 2017
Laranjas a votos
Laranjas a votos. |
Pois,
ao que parece o PSD Olhão vai a eleições a 9 de dezembro. A Distrital também. Os
“vencedores” autárquicos vão a votos.
David
Santos recandidata-se, agora em versão social democrata (já agora, repararam na
quantidade súbita de sociais democratas que repentinamente apareceram no PSD?),
mas se Santana Lopes ganhar a presidencia do PSD certamente vestirá a farda que lhe parecer mais adequada.
Mas
vamos ao que interessa, Olhão. Com menos de 40 militantes com capacidade de
votar aquilo só dá para fazer uma lista, isto é, são sempre os mesmos, pelo que
esperar melhores resultados é coisa de loucos.
Não dá para mais. São sempre os mesmos. |
Agora fala-se de uma candidatura de um
conhecido jurista olhanense, ultimamente mais dedicado à vertente empresarial
que política. Consideramos inatacável a sua preferência pelos negócios e é por
isso que não conseguimos aplaudir entusiasticamente a sua candidatura. Essa vai
ser a grande fraqueza dessa candidatura, a se concretizar, e é onde os seus
rivais (e alguns inimigos) o vão atacar.
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